O que é Branding, Marca e Identidade Visual – Qual a Diferença?

Neste post vou te mostrar o que é Branding, Marca e Identidade Visual e qual a diferença entre estes termos.

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E aí, tudo tranquilo?!
Barbara aqui!

Preparei este artigo para te ajudar a entender um pouco mais sobre estes termos tão comuns na área da Comunicação. E para te mostrar que existe sim diferença entre eles e na forma como se aplica.

Bora pro Conteúdo!

O que é Branding?

O termo Branding é originado da palavra “brand”, que em português significa marca.

Você deve estar se perguntando, “ué se branding vem de brand que é marca em inglês, então os termos branding e marca não tem diferença?” Sim, tem diferença sim.

Não podemos confundir tradução, origem de palavra, com seu conceito, com o que aquele termo se associa.

Branding é a forma como é gerida a imagem de uma empresa. 

É um conjunto de ações tomadas para construir os objetivos, valores e posicionamento de uma marca, fazendo com que esta seja lembrada por seus consumidores como um item de desejo. 

Sobre a marca propriamente dita, veremos mais adiante, fique tranquilo.

As estratégias de branding quando elaboradas corretamente:

• agregam mais valor ao negócio;
• conquistam clientes qualificados se tornando referência para ele;
• sobressai à concorrência;
• se torna inspiração para outras marcas;
• dentre outras inúmeras melhorias que causam para a empresa.

Branding, também conhecido como gestão de marcas, é um processo criado para estimular a fidelização e confiança do cliente para com a marca.

O processo de evolução de branding de uma empresa é longo e contínuo. Sempre haverá algo para melhorar ou para se adequar. 

Por trás de prédios altos e bonitos, agências descoladas e persuasivas, executivos elegantes e perspicazes, diretores descontraídos e criativos, existe um caminho duro a percorrer na construção de um branding eficaz, com propósito de fortalecimento de marca. 

Não importa qual cargo ocupa, ao qual ramo a empresa possua, qual roupa seu diretor ou seu editor veste, o percurso para levantar uma marca, dar nome a ela, dar identidade a ela, é um só. 

E todos os negócios, online ou físico, deverão se submeter ao processo de criação e manutenção de branding.

O que é Marca?

Em termos de definição, a marca é um nome, representado basicamente por uma forma de desenho, símbolo e/ou logotipo, que com o passar do tempo, dependendo de inúmeros fatores experimentais, ela passa a ter um valor específico. 

Marca é o que existe na mente de cada consumidor sobre um produto, um serviço ou uma instituição.

Consumidores se apaixonam, se fidelizam, confiam cegamente em uma marca. 

As marcas designam empresas, produtos, serviços, religiões, instituições, partidos políticos, clubes esportivos, entidades e até pessoas famosas ou não.

O INPI, Instituto Nacional da Propriedade Industrial, diz que marca é “um sinal distintivo cujas funções principais são identificar a origem e distinguir produtos ou serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins de origem diversa.”

O INPI é o órgão que você deve procurar para se tornar proprietário de uma marca no Brasil.

Como o nome já diz, uma marca forte é aquela que marca as pessoas, seja pelo seu visual, pelo som que faz em suas campanhas na TV, pelo cheiro do produto ou da loja quando passamos em frente.

Ou então, pelo simples fato da marca nos entregar aquilo que realmente queremos receber naquele momento, para aquela determinada ocasião ou função. 

A marca entende o que seu consumidor precisa ou procura, qual sua necessidade real ou até qual seu desejo real.

No início da fidelização de um cliente com uma marca, esta vai até ele no momento de suas dores, necessidades, problemas. Onde o possível cliente estiver, a marca vai. 

Quando ela percebe que já conquistou a confiança e a empatia do seu consumidor, a marca passa a fazer com que este vá onde ela estiver, seja lá qual for a condição. 

Ou seja, a marca, marcou essa pessoa através do atendimento às suas necessidades.
Uma boa marca faz isso, ela marca.

Os 4 tipos de Marca

As marcas classificam-se em:

– Nominativas: formada por letras ou números que podem ser lidos, sem símbolos, naturalmente um nome.

– Figurativas: constitui-se de combinações de símbolos, figuras, letras personalizadas, logotipo, sinais.

– Mista: combinação de elementos figurativos e nominativos, ou seja, logotipo e símbolo.

– Tridimensional: uma forma plástica do produto ou serviço, individualizando-se das outras marcas.

Para uma marca ser reconhecida e ter a sua consciência ampliada, estimulando a fidelidade do cliente, a marca precisa estar em contato com seu público em diversos pontos tais como:

• ambientes
• propaganda
• promoção de vendas
• mídias sociais
• blogs
• relações públicas
• mala-direta
• feiras de negócios
• boca a boca
• telefone
• networking
• apresentações
• palestras
• funcionários
• produtos
• serviços
• veículos
• material efêmero
• quadros de aviso
• cartões de visita
• papel timbrado
• banners
• publicações
• mensagens de voz
• e-mails
• propostas
• exposições
• embalagens
• sinalização
• formulários timbrados
• newsletters
• websites
• experiências.

Umas das principais formas de reconhecimento de marca é através do seu visual, como ela aparece, como se conecta com seu consumidor. 

Quais são suas cores, seus símbolos, suas fontes tipográficas, como ela está nos letreiros, nas propagandas de televisão, nos banners dos websites, qual imagem ela se faz nos rótulos das embalagens, dos produtos aos quais ela é detentora, em que ela se representa, enfim, como de fato o cliente à vê. 

E isso tudo se dá pela Identidade Visual da marca, que veremos logo a seguir.

E Identidade Visual, o que é?

Há alguns tipos de identidades que uma empresa deve passar para seu consumidor, e que ela adota e licencia como de sua propriedade. 

Uma delas é a identidade visual, a mais importante no quesito reconhecimento em termos de relação de fidelização e empatia (consumidor X marca). 

É através da identidade visual que uma empresa estabelece vínculo com seu público e através dela também, que os consumidores conseguem distinguir e escolher seus produtos de preferência, dentre uma enorme quantidade de opções no mercado. 

A identidade visual de uma marca causa envolvimento com seus clientes, estimulando a se identificarem com a marca pelo impacto visual.

Uma empresa não existe sem sua identidade, pois ela representa literalmente quem a empresa é, o que ela faz, para quem ela faz, por que ela faz. 

Identidade visual é o registro físico da corporação, é a sua assinatura, seu rosto, seus princípios e atributos, enfim, sua essência.

Composição da Identidade Visual

Uma identidade visual é composta por quatro elementos basicamente. Logotipo e símbolo são os principais. Cor padrão e alfabeto padrão são os secundários. 

É comum encontrarmos outros elementos que compõem uma identidade visual como os mascotes, ícones de apoio, texturas, entre outros.

Os elementos institucionais de uma empresa são elaborados por um designer, a partir de uma série de informações coletadas com os donos da empresa sobre ela.

Esse processo de coleta de dados é chamado briefing. Existe um conjunto de normas e regras para a utilização e emprego desses elementos, aos quais constituirão a identidade visual.

Logotipo

Logo vem do grego “logos” e significa conceito ou significado.

Tipo vem do grego “typos” e significa figura ou símbolo.

Com isso, logotipo = conceito/significado de figura/símbolo.

Logotipo é a escrita particular, própria, de um nome, formado exclusivamente por letras. 

Muitas pessoas acham que logotipo é a parte escrita e a imagem, a parte simbólica de uma marca. Mas não. 

Logotipo é a escrita e o símbolo é a imagem, a parte simbólica de uma marca, quando há. Temos que levar isso em consideração.

É um elemento crucial de uma marca, embora algumas poucas empresas não o utilizam, sendo representadas apenas por sua marca e símbolo.
E outras, entretanto, sendo representadas apenas por seu logotipo. 

Um bom estudo de criação de logotipo deve levar em conta a legibilidade e leiturabilidade.

Legibilidade – representa a facilidade de diferenciação e reconhecimento das letras.

Leiturabilidade – representa a fluência de leitura no que tange a parágrafos, frases e letras corridas.

O estilo da tipografia adotada, influencia totalmente nesses quesitos.

Classificação dos Logotipos

Os logotipos são classificados pela forma com que se utilizam as fontes que farão parte de sua composição, de acordo com suas famílias tipográficas. 

Assim sendo, logotipos podem ser formados por família existente, família modificada e tipos desenhados.

Família existente é um conjunto de letras de um alfabeto já existente, já criado por alguém. O que proporcionará identidade para o logotipo será a posição dos caracteres ou a própria particularidade da família escolhida.

Família modificada segue o mesmo princípio da existente, porém com um ou mais caracteres modificados para dar singularidade ao logotipo, ou ainda seu alinhamento ou espaçamento alterados.

Tipos desenhados são letras feitas exclusivamente para compor o logotipo em questão, obtendo mais originalidade ainda, porém é preciso cautela neste projeto para não comprometer o reconhecimento dos caracteres pelo observador, de forma que não prejudique a legibilidade do nome.

Símbolo

É toda e qualquer figura ou imagem em seu tamanho original ou reduzida, que representa algo relevante para quem o aprecia ou analisa visualmente. 

Expressa um significado físico ou metafórico de algo ou alguém. 

Desperta a imaginação criativa do observador e torna aquela percepção subjetiva, de modo que cada pessoa reage de uma forma ou percebe algo diferente, único e pessoal no símbolo observado.

Empresas que utilizam símbolos para compor sua marca, desejam externar naquela imagem, a essência e a face da corporação, traduzindo seus conceitos, seus valores juntamente ao logotipo, quando houver. 

Embora nem todas as marcas tenham em sua composição símbolos.

Deve ser límpido, claro e objetivo de forma que contribua para a leitura e percepção o mais imediatista possível, como sendo representante legal daquela instituição.

Classificação dos Símbolos

Os símbolos são divididos em dois grupos: abstratos e figurativos.

Símbolos abstratos à primeira vista, nada representam, não é possível identificar seu significado, sem um prévio estudo sobre este símbolo. Seu reconhecimento é difícil ou até mesmo impossível, tornando-se uma abstração.

Símbolos figurativos são baseados em desenhos que deixam claro sua representatividade e para o que ele está sendo traduzido visualmente. 

Estes símbolos advêm de três naturezas: ícones, fonogramas ou tipográficos e ideogramas.

Ícones são ligados à fidelidade ao que pretendem reproduzir. Mostram exatamente a atividade fim da empresa através deste tipo de símbolo.

Fonogramas ou tipográficos são símbolos formados apenas por letras características de símbolos e que não são logotipos, pelo fato de não serem a escrita completa da marca. 

Derivam da inicial ou iniciais do nome da empresa, desde que não denominem o nome da empresa, se denominarem, trata-se de um logotipo e não de um símbolo.

Ideogramas são símbolos que reproduzem ideia ou conceito desejado, não representando essencialmente o objeto, mas sim o significado, o conceito por detrás daquela figura. É uma forma de concretizar uma ideia intangível.

Documentando a Identidade Visual

O conceito de identidade visual é posto em prática através dos seus manuais, onde são expostas todas as regras de aplicação da marca de uma empresa.

Este manual tem como objetivo instruir na aplicação da marca, apresentando-a e estabelecendo os parâmetros dos elementos que constitui a identidade visual, orientando para o correto uso da marca.

É de extrema importância que o manual seja seguido detalhadamente para garantir a qualidade da implantação da identidade.

No Manual de Identidade Visual normalmente são inseridos:

• os elementos da marca
• assinatura visual
• grade de construção
• redução máxima
• área de interferência visual
• tipografia institucional
• cores institucionais
• versões monocromáticas, em cores e em PB
• uso incorreto
• ícones de apoio
• aplicação da marca em material gráfico, ambientes digitais, embalagens, uniformes etc.
• e mais qualquer informação que o detentor da marca e o designer acharem pertinente inserir no manual.

Conclusão

Neste artigo vimos as diferenças e atributos de Branding, Marca e Identidade Visual. Para fixar melhor, resumi da seguinte forma:

Branding: forma como é gerida a imagem de uma empresa. Ela constrói os objetivos, os valores e o posicionamento de uma marca através de um conjunto de ações envolvendo a própria marca, a comunicação e o público.

Marca: parte gráfica da empresa, é um nome, representado basicamente por uma forma de desenho, símbolo e/ou logotipo, que com o passar do tempo, dependendo de inúmeros fatores experimentais, ela passa a ter um valor específico. É o lado pessoal de uma empresa, uma marca se relaciona, se comunica, interage com seu público.

Identidade Visual:  é um conjunto de elementos visuais que juntos identificam uma empresa, é o DNA, é o registro físico da corporação, é a sua assinatura, seu rosto, seus princípios e atributos, enfim, sua essência. 

Neste artigo você viu:

• O que é Branding?
• O que é Marca?
• Os 4 tipos de Marca
• Identidade Visual, o que é?
• Composição da Identidade Visual
• Logotipo
• Classificação dos Logotipos
• Símbolo
• Classificação dos Símbolos
• Documentando a Identidade Visual

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Obrigada pela sua leitura.
Espero que esse artigo tenha sido útil para você. 

Forte Abraço!
Até o próximo post!

Infográfico – Branding, Marca e Identidade Visual

Referências: 

PÉON, Maria Luísa. Sistemas de Identidade Visual.
STRUNCK, Gilberto. Como Criar Identidades Visuais para Marcas de Sucesso.
WHEELER, Alina. Design de Identidade de Marca: guia essencial para toda a equipe de gestão de marcas.